Tuesday, January 26, 2016

Gregor: a primeira profecia / Suzanne Collins

Sinopse:

Enquanto escorrega pela conduta de ar atrás da irmã, Gregor suspira por mais uma peripécia na sua vida. Mas nada o preparou para a aventura que se segue. Debaixo da cidade esconde-se a Subterra, um mundo sombrio onde os humanos convivem com aranhas, morcegos, baratas e ratos gigantescos.

A Subterra prepara-se para a guerra e uma profecia previu que ele mesmo, Gregor, desempenhará um papel importante. Gregor quer fugir, mas percebe que ali talvez possa desvendar o desaparecimento do pai.

Opinião:

Há tempos, mais por nostalgia do que por fé, criei a etiqueta "Novo Harry Potter, procura-se!". Pois bem: está a querer parecer-me que descobri uma história muito boa! Digo mais: tão boa que, dependendo do desenvolvimento da trama nos seguintes volumes, poderá ser tão emocionante quanto a obra da minha querida J. K. Rowling!

A autora, Suzanne Collins, é também a responsável pela saga "Os jogos da fome", que ainda não passou pelas minhas mãos, mas à qual irei atirar-me não tarda muito! Porque adorei mesmo este livro! É certo que a linguagem é simples, estando indicado para maiores de 10 anos. Porém, é  muito especial, pois apresenta-nos um universo paralelo fantasioso bastante diferente de todos os que tenho "visitado" nos últimos tempos! Gostei das personagens (a Boots fez-me lembrar sempre o meu filho!), amei a estética da subterra (daria uma maravilhosa adaptação cinematográfica), e agradou-me o ritmo da acção. Além disso, uma autora que me faz derramar umas quantas lágrimas por uma barata (gigante!), só pode ser uma escritora do caneco!

Seguem 5 estrelas para o Gregor! E o desejo de ver os restantes volumes publicados em português muito brevemente!

P.S: A sinopse, que copiei do site da Presença, não faz mesmo justiça ao livro. Foi uma bela surpresa!


Thursday, January 21, 2016

Ilustrarte 2016

Bom, a última vez que tentei entrar num museu, acabei por ter de me vir embora graças à berraria do meu filho que, mesmo com chuva, teimou em ficar na rua a brincar :D

Espero ter agora mais sorte, porque queria mesmo visitar a Ilustrarte, no Museu da Electricidade!

Infelizmente, não poderei participar nos workshops, pois trabalho todos os Sábados. Aproveitem se puderem, que os preços são surpreendentemente acessíveis!

Mais informações sobre a exposição aqui:

Wednesday, January 20, 2016

Devolve o que deves!

Acho que ninguém imagina a quantidade de documentos que todos os anos são emprestados para nunca mais regressarem às estantes das bibliotecas. Fico danada! Até porque, à falta de legislação, não se pode fazer muito mais do que enviar uma carta de aviso, carta essa que a grande maioria das pessoas decide ignorar por completo. Numa altura em que todos os recursos são escassos, é triste ver o que é de todos estacionar definitivamente na prateleira de um grandessíssimo... incumpridor!

Lembro-me, por exemplo, de uma estudante universitária (já vos disse que odeio esta espécie?) que nos disse (na cara!) que preferia nunca mais utilizar os serviços da biblioteca do que devolver os 5 livros de enfermagem que requisitou ad eternum. Cada um dos exemplares custava à volta de 60 euros, portanto, estão a ver o prejuízo!

Vem esta conversa a propósito da seguinte notícia:

Legislation Would Let Libraries Get Tough On Overdue Items

Wisconsin libraries are toughening up on overdue items. A new bill under consideration at the state Capitol would allow libraries to use collection agencies and the police to get overdue books back on the shelves.

Sunday, January 17, 2016

És o que lês?


Já tenho sido abordada por utilizadores que, por lerem imenso, às tantas, têm dúvidas sobre se já leram ou não o livro que têm nas mãos. Quando respondo que não temos acesso ao histórico, acham estranho e ficam desconfiados, como se o fizesse por má vontade.

Tento explicar a questão da privacidade, mas sinto que a conversa nunca cai bem. A verdade é que estamos todos tão habituados a partilhar informação pessoal, que perdemos a noção do perigo.

E vem o seguinte artigo a propósito desta questão:

Perhaps that sounds like harmless information, but Polly Thistlethwaite, chief librarian at the Graduate Center, said that guilt by association with controversial books has a long history and that librarians have a duty to protect readers of “heretical texts”.

“Most librarians would say that you are not what you read,” Thistlethwaite said. “You are not the material you look at.” But others have disagreed. “There’s also really bad police work,” she observed.

“I was approached years ago at a different library about users who’d checked out certain astrological books,” said Thistlethwaite. The NYPD officer told her he was looking for the Zodiac killer. “Most police investigations are a little smarter than that, but sometimes they’re just not.”

Não é por acaso que ignorei durante muito tempo o Goodreads. É que me fazia impressão dar assim de mão beijada toda a informação sobre o que ando a ler. Mas depois, tendo em conta o que tenho vindo a partilhar no facebook, pensei, que se lixe! E agora até já uso o Goodreads como feramenta de trabalho. Além de que, acho que só corro o risco de ser procurada pela polícia se houver um Avada Kedavra killer, ou coisa do género!

De qualquer forma, podem ler o resto da notícia aqui:

http://www.theguardian.com/us-news/2016/jan/13/us-library-records-purged-data-privacy

Friday, January 15, 2016

É o poder da arte, senhores!

Nos EUA, já há bibliotecas públicas a promoverem o encontro de adultos que se reúnem à volta da mesa para... colorir livros!

Pois é, parece que a moda dos livros de colorir para adultos veio para ficar, sendo uma preciosa ajuda no combate ao stress. Dizia, e bem, o meu professor de história da arte: qualquer pessoa pode divertir-se com uma simples caneta e um papel em branco, mesmo que não saiba desenhar grande coisa!

Já estive com vários nas mãos e só não comprei porque neste momento o meu tempo disponível é zero!

O resto da notícia, podem ver aqui:



Avozinha gângster / David Walliams

Sinopse:

O nosso herói, Ben, adormece só de pensar que tem de ficar em casa da avó. Que seca! É a avozinha mais aborrecida de sempre: só pensa em jogar jogos de tabuleiro e comer sopa de couve. Mas há dois segredos que Ben desconhece:

• A sua avozinha é uma famosa ladra de jóias.
• Toda a vida sonhou roubar as Jóias da Coroa inglesa.

Opinião:

David Walliams é o conhecido actor de comédia da série Little Britain, que adoro! Como tal, tinha grandes expectativas relativamente a este livro.

Apesar de estar indicado para maiores de 10 anos, arrisco dizer que qualquer miúdo de 8 pode ler o "Avozinha gângster". Embora seja uma história com um enredo longo, o texto é simples e carregado de graçolas que agradarão certamente aos mais pequenos. Parece-me mesmo um excelente livro de transição entre a literatura infantil e a juvenil.

Esta história é também uma piada dirigida a todos os adultos que impingem os seus sonhos não concretizados aos filhos, bem como aos que gostam de "despejá-los" nas casas dos avós aos fins-de-semana. Porém, as gargalhadas escondem uma mensagem profunda. Se têm filhos que desprezam os avós ou os idosos, aqui têm uma prenda certeira. Para que aprendam a apreciar a companhia dos mais velhos antes que seja demasiado tarde.

PNL 5º ano

Tuesday, January 12, 2016

Fangirl / Rainbow Rowell

Sinopse:

Cath ama os seus livros e a sua família. Haverá espaço para mais alguém?

Todo o mundo é fã dos livros de Simon Snow. Mas Cath vai mais longe: ser fã desses livros tornou-se a sua vida. Ela e a sua irmã gémea, Wren, refugiaram-se na obra de Simon Snow quando eram miúdas, e na verdade foi isso que as salvou da ruína emocional que foi a perda da mãe.

Ler. Reler. Interagir em fóruns, escrever ficção baseada na obra de Simon Snow, vestir-se como as personagens dos livros. Mas essas fantasias deixam de fazer sentido quando se cresce, e enquanto Wren facilmente abandona esse refúgio, Cath não consegue fazê-lo. Na verdade, nem quer.

Opinião

Poderia estar mais perto das quatro estrelas se a história paralela de fanfiction me tivesse cativado minimamente. Porém, a meio do livro, confesso que deixei de ler todas as passagens relativas ao Simon Snow (shame on me, mas paciência!). Porque estavam a aborrecer-me e porque não me pareceu que acrescentassem alguma coisa de jeito à trama. Sei que a autora já publicou posteriormente o livro "Carry on", que é precisamente a história do Simon Snow, mas sinceramente, não tenho qualquer vontade de pegar na coisa. Sobretudo porque ainda é demasiado cedo para ler sobre outra escola de Magia que não seja Hogwarts!

Fora isto, acredito que Fangirls seja a escolha certa para raparigas que gostem de ler e de escrever. Foi engraçado entrar um bocado neste mundo de fanfiction, ao qual tenho escapado. Apesar das toneladas de material escrito à volta do Harry Potter, preferi sempre ficar-me pelo original, por considerá-lo simplesmente genial e perfeito.

As personagens femininas, que são todas um bocado neuróticas, estavam a irritar-me, mas depois, o facto das gémeas terem sido abandonadas pela mãe, transformou essa irritação em carinho (talvez porque eu própria tive um pai que se borrifou em mim e na minha irmã).

Uma vez mais, adorei a forma como o amor surge entre os protagonistas. Acho mesmo que este é o ponto forte da escritora, uma pessoa até fica enamorada, pá! 

Não é um espectáculo de livro, mas apreciei a leitura!

Saturday, January 2, 2016

Ano novo, leituras novas!

Para começar, espero que 2016 seja um excelente ano para todos nós!

Uma vez que trabalho essencialmente para o público infanto-juvenil, parece-me lógico que me dedique apenas à leitura de livros destinados a jovens e a jovens adultos. Até porque, regra geral, são obras muito voltadas para a fantasia, e se há coisa que me agrada, é fugir à realidade chatarrona que tantas vezes nos rodeia. Assim sendo, 2016 será um ano de mudança para o Librarian Owl.

E a propósito de literatura para jovens adultos, deixo-vos uma lista de alguns livros que irão, certamente, marcar este ano que se inicia:


Até já!

Thursday, December 17, 2015

Há lá coisa melhor que uma boa decoração de Natal?

Como este ano estou afastada da animação, coube-me apenas ajudar a compor as "velharias" que andam a rebolar pela arrecadação há anos: bolas partidas, bolas com cores que não dão umas com as outras e objectos altamente foleiros, que nem a minha avó se atreveria a usar nos Natais da província de há 30 anos.

As minha colegas criaram uma árvore composta por fotos das actividades realizadas ao longo do ano, por isso, só tive de dar um toque no resto da sala.

Um presépio vintage, que fica sempre bem, acompanhado por umas árvores feitas em papel de revista!
Uma mini árvore sem pé. Arranjou-se uma caixa de cartão, uns tecidos que por ali andavam a rebolar e voilá!
Bolas penduradas com fio de pesca é coisa que nunca falha! Foi pena não haver mais!
A "estrela" da sala: a árvore com as fotos das actividades! 
A árvore com o correio do Pai Natal lá atrás!

Tuesday, December 15, 2015

Vida e morte: crepúsculo reimaginado / Stephenie Meyer

Esta mania de apreciar livros juvenis nem sempre traz bons resultados. Há 10 anos atrás, adorei ler o crepúsculo. Porque andava ressacada com o final da Buffy e porque sou daquelas românticas palermas, que se desmancham com qualquer historieta de amor. Foi um livro fácil de ler, daqueles que não conseguimos largar. Lembro-me mesmo de ter deixado passar a paragem de comboio onde deveria sair, tal estava imersa num outro livro da saga. Porém, já na altura, me irritou a Bela, a personagem feminina principal, e sobretudo, o último livro, que quase odiei (porque vampiros a terem filhos é só parvo).

Ora, há dias, cruzei-me com a edição comemorativa dos 10 anos da publicação do Crepúsculo, que inclui a história antiga revista e aquilo a que a autora chama de "brincadeira", que é a mesmo história com a inversão dos sexos das personagens (com a excepção dos pais da Bela).

Já era suficiente estúpido não publicarem a versão nova à parte. Quase apanhei uma tendinite a carregar o "tijolo" de um lado para o outro! E depois, a coisa não resultou.  Porque fazer da Bela um rapaz não tornou a personagem menos irritante e sem sal. E porque é completamente irreal que um rapaz deteste carros, tenha a mania das limpezas e cozinhe para a mãe e para o pai, tudo no mesmo pacote! Desculpem lá, mas é coisa que não pega.

Já o Edward, na versão feminina, resultou bem. Talvez porque, na verdade, o Edward seja um rapaz daqueles que não existem, isto é, claramente fabricado na cabeça de uma mulher.

Além disso, o facto de já conhecer a história estava a tornar a leitura uma chatice, pelo que só li metade. E se, para quem já conhecia o enredo, a troca de géneros poderia tornar-se confusa, pior foi quando dei com várias gralhas relativamente ao sexo das personagens, que num momento eram "elas", mas logo a seguir já eram "eles".

Muito fraquinho. Não recomendo, de todo!



Saturday, November 28, 2015

Darth Vader e filho ; Darth vader e a sua princesinha / Jeffrey Brown



Sinopses: "E se Darth Vader assumisse um papel activo na educação do filho? E se «Luke, eu sou teu pai» fosse apenas um ralhete de um pai zangado? Este livro hilariante apresenta Darth Vader como um pai comum, excepto o facto de se tratar do Lorde Sombrio dos Sith. O divertimento, aqui, é assegurado, ao acompanharmos Darth Vader a ensinar o filho a manejar o sabre, a usar a Força nas actividades corriqueiras do dia-a-dia, a acompanhá-lo num dia de trabalho. Além de se ocupar com os rebeldes, Darth Vader tem de tomar conta do seu filho de 4 anos, Luke Skywalker!".

"Nesta irresistível sequela de "Darth Vader e Filho", o famoso pai – Lorde dos Sith e líder do Império Galáctico – vai debater-se com as alegrias, amuos e variações de humor da sua filha Leia, uma doce menina que se está a tornar numa adolescente rebelde. É por demais divertido acompanhar o desempenho do pai, Darth Vader, a ensinar Leia a pilotar um caça TIE, a ter maneiras à mesa, a controlar o tempo que ela passa a falar com os amigos através do holograma R2-D2. De facto, hilariante!".

Se têm filhos pequenos (ou não) e são fãs da saga Star Wars, acreditem, têm que ler isto à garotada (ou simplesmente a vós próprios, porque caramba, isto é uma delícia)! Estão publicados em Portugal pela editora Planeta, mas só para dar uma ideia do que vos espera, deixo aqui três das minhas tiras favoritas na versão original:






Saturday, November 21, 2015

VIII Conferência Internacional do PNL

Penso que todos concordam que a estrela da VIII Conferência Internacional do Plano Nacional de Leitura foi a Adela Cortina, com a sua apresentação "Leer el mundo en el lenguage de los valores". A filósofa relembrou que não existem seres humanos amorais e que os valores éticos estão absolutamente ligados à boa cidadania, sendo o cérebro um processador não só de cálculo mas também de histórias, que interpretamos e compreendemos a partir dos valores, gerando assim a nossa experiência do mundo.

Falou-se de retórica como a arte de saber contar bons contos, e de como a economia é também pura retórica, dando como exemplo o mundo empresarial, onde está a ser introduzida a "Story telling" de forma a criar uma maior proximidade com os clientes (vivemos mais de contos do que de "cuentas"!). A filósofa referiu que existe boa e má retórica, assim como valores mais e menos importantes, daí a necessidade humana de figuras de referência, de bons exemplos, de heróis.

Adela afirmou que deveríamos competir com nós próprios e não com os outros, pois a sociedade precisa de gente de excelência e não de medíocres que, ao competirem entre si, colocam o seu bem à frente do bem comum. Por isso mesmo, apontou também para a necessidade de educar para a cooperação e não para a competição. Porque a primeira gera amigos e a a segunda inimigos.

Falou-se depois numa série de histórias conhecidas de todos, carregadas de heróis, vilões, valores e fragilidades humanas ( A ilha do Dr. Moreau, Frankenstein, Dr. Jekyll and Mr. Hyde, O Leviatã de Hobbes, os romances de Jane Austen, os poemas homéricos). Ora, uma vez que a leitura é uma forma de transmissão de valores, é importante ler para ser, estando a felicidade no conhecimento de si próprio e do outro.

Adorei esta senhora... é daquelas pessoas que poderia ouvir falar sem parar e que me dão uma enorme vontade de voltar a estudar!

Muito interessante foi também a apresentação de Jörg Maas, que pertence à Fundação para a Leitura EURead, cujo site vale a pena espreitar aqui. Referiu que 73 milhões de europeus são analfabetos funcionais e que 12,8% dos estudantes desistem da escola, factos que têm um impacto económico negativo.

Confesso que souberam muito bem os seus elogios ao Plano Nacional de Leitura que, ao que parece, é o único a nível europeu com o apoio do estado (nisto somos um exemplo a seguir, yay!).

Falou-nos sobretudo do Marketing como forma de promoção da leitura, e descreveu-nos uma série de iniciativas deste âmbito, tais como o German Reading Day (20 de Novembro), o Read Outloud World Book Day (23 de Abril), a McDonald's Children's Books Initiative, O LIDL Discounter, etc.

Isabel Alçada deu a conhecer a Biblioteca de Livros Digitais, que terei ainda de explorar aqui. Digamos que, desde que foi ministra, esta escritora tem vindo a perder pontos. Não fez uma boa apresentação e penso que é daquelas pessoas que deveriam permanecer na retaguarda.

Relativamente ao Plano Nacional de Leitura, como era previsto, irá concluir a 2ª  de duas fases em 2016.  O comissário do PNL, Fernando Pinto do Amaral, disse esperar que o projecto tenha continuidade, e pareceu-me sinceramente acreditar nessa possibilidade.

Para o ano, há mais!




Saturday, October 31, 2015

VIII Conferência Internacional do Plano Nacional de Leitura

"A VIII Conferência Internacional do PNL realiza-se nos dias 5 e 6 de novembro, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, e centra-se na temática «O valor da leitura – Leitura dos valores». Esta conferência conta, mais uma vez, com a participação de vários especialistas nacionais e estrangeiros, sendo um evento aberto ao público em geral (ENTRADA LIVRE)".

Estarei por lá! Quem estiver interessado, pode consultar o programa aqui.