Thursday, August 6, 2015

Oksa Pollock: a inesperada / Anne Plichota e Cendrine Wolf

Sinopse:

Com treze anos de idade, Oksa Pollock descobre que tem poderes especiais. Quando conta à avó o que se está a passar, é-lhe revelado o segredo das origens da sua família e a incrível missão que, apesar da sua pouca idade, lhe está destinada! A família Pollock vem de Edéfia, um mundo invisível e mágico, oculto algures no planeta Terra, que foi palco de um violento combate. Parte dos habitantes veio viver entre os humanos, incluindo Ocious, que é extremamente ambicioso e deseja tonar-se o senhor de Edéfia e do resto do mundo. E é sobre os jovens ombros de Oksa que recai agora a responsabilidade de salvar o seu povo. Ela é a sua última esperança...

Opinião:

Este livro chegou-me às mãos enquanto catalogava. Na capa, reparei no autocolante onde se lê "O Harry Potter francês. The Guardian". É claro que mal o registo tinha acabado de ser criado, e já estava o exemplar a ser emprestado na minha ficha!
Aos 13 anos, Oksa Pollock descobre que tem poderes especiais. A partir daí, toma conhecimento das origens nada convencionais da sua famíla, ligadas a Edéfia, "um mundo invisível oculto algures no planeta terra", do qual foi obrigada a fugir depois de instalado "o grande caos". Em Oksa reside a esperança de regresso a casa dos exilados de Edéfia, assombrada por Oxcius, que deseja não só dominar Edéfia como também o mundo.
Mas vamos agora à minha opinião (porque odeio descrições demasiado pormenorizadas que estragam a surpresa). Temos os clássicos universo paralelo / inimigo mortal e, embora me tenha irritado com a fénix (que diabos, arranjem-me outro animal mitológico que este já está mais do que esmiuçado), e tenha achado que era completamente inverosímil que a rapariga se deixasse ficar sozinha numa sala com o vilão quando podia claramente pisgar-se, a leitura foi agradável, tendo até por duas vezes deixado passar a paragem onde deveria ter saído por estar tão distraída a ler no autocarro. Gostei especialmente das criaturas de Edéfia, tão queridas, patetas e cómicas que até apetece ter duas ou três em casa.

O problema das sagas é tropeçar nelas quando ainda não estão completas. O primeiro livro foi publicado em Portugal em 2013 e o segundo ainda está por sair. Recorrer à versão original está fora de questão, que o meu francês não dá para tanto. Portanto, das duas, uma: ou compro uma edição inglesa, ou espero pela portuguesa.

É um bom livro para quem gosta do género. Não é nada de extraordinário, mas lê-se bem.

Novo Harry Potter, procura-se!

Já que estamos numa de novas rubricas, inauguro a "Novo Harry Potter, procura-se!". Porque não há nada que me dê mais gosto do que um bom livro de fantasia, mas sobretudo porque ando ressacada desde que terminei o último livro da saga. Foi uma viagem do catano que em nada desiludiu e na qual apreciei a construção do universo que, apesar de imaginário e super fantasioso, sendo absolutamente baseado na nossa realidade, se torna credível ao ponto de acreditarmos que existe. Tenho imensas saudades das personagens e da dinâmica da escrita, com ritmo admirável e pormenores nada chatos a cada página. Quem se limitou a ver os filmes não sabe o que perdeu!

A verdade é que a J. K. Rowling elevou a fasquia da literatura de fantasia a um ponto difícil de alcançar e, diria mesmo, impossível de superar! De qualquer forma, numa clara tentativa de pescar os milhões de fãs em "sofrimento" desde o final da série, várias editoras ousam colocar nas capas dos mais recentes livros do mesmo género frases como "O novo Harry Potter", numa comparação que pode ser mais prejudicial do que benéfica.

Ora, mesmo consciente de que será quase impossível voltar a viver uma experiência semelhante, irei dedicar-me a esta demanda.

Segue dentro de momentos a primeira crítica!

Friday, July 31, 2015

: )


Não fiz os trabalhos de casa porque... / Davide Cali; il. Benjamim Chaud

Sinopse:

É impossível fazer os trabalhos de casa quando um avião de macacos aterra à nossa porta. Além disso, os elfos esconderam todos os lápis. E houve também um problema com plantas carnívoras! As desculpas absurdas seguem-se umas às outras, num crescendo hilariante, mas a professora não se deixa enganar...

Opinião:

Quem é que nunca chegou às aulas com os trabalhos de casa por fazer? Confesso que não me aconteceu assim tantas vezes, mas apenas porque tinha medo de ouvir um raspanete.

Porém, quando a memória falhava ou a vontade de estudar se ausentava, com a consciência a pesar, arranjava maneira de escrevinhar qualquer coisa nos intervalos antes das aulas começarem. Como imaginam, não fazia nada de brilhante, mas sempre dava para safar.

Este é o livro certo para quem se deixou dominar pela preguiça e está com a imaginação em baixo no que toca à invenção de desculpas. Deixo-vos as minhas favoritas:

"Tive de ajudar o meu tio a construir uma hipermáquina-de-fazer-trabalhos-de-casa-por-mim, mas depois ela não funcionou".

"Ficámos sem lenha, por isso sacrifiquei os meus cadernos da escola para nos aquecermos".

"Fui raptado por um OVNI".

Com desenhos em tons pouco habituais no que toca à ilustração infantil, são bem do meu agrado, pela criatividade, pelo detalhe e por fazerem lembrar o universo gótico.

Recheado de disparates que dificilmente encontrarão aceitação, é com certeza um livro capaz de provocar uma gargalhada a cada página!

PNL 4º ano

Thursday, July 30, 2015

Capital / Afonso Cruz

Sinopse:

Um menino recebe um porquinho-mealheiro, de louça, com uma ranhura nas costas para que possa ser alimentado com capital. Com o amor e ternura que o menino lhe dedica, o porquinho depressa se torna um animal obeso, cheio de lucros fabulosos, e com dificuldade em controlar a sua rapacidade. Os anos passam e o porquinho vai crescendo, crescendo, crescendo, e um dia... um dia...

Opinião:

Só para irritar quem acha que a narrativa visual não é literatura, inauguro este espaço com o livro de Afonso Cruz, "Capital", que acaba de vencer por unanimidade o Prémio Nacional de Ilustração 2014.

Confesso que foi um livro que mexeu comigo, sobretudo tendo em conta a época de crise que vivemos, motivada pela ganância dos bancos.

Sem recurso à palavra, o autor leva-nos numa viagem que se inicia com a oferta de um mealheiro em forma de porquinho a uma criança, que acabará inevitavelmente por se tornar num adulto ambicioso, ávido de dinheiro e poder.

Excelente para reflectir sobre a educação baseada no materialismo, que parece ganhar adeptos de forma alucinante. Talvez sem querer, passamos a mensagem de que é preciso ser melhor do que o outro para se ser bem sucedido, ter um bom emprego e um bom ordenado. Infelizmente, ficam para segundo plano valores como o amor, a amizade e o respeito não só pelos outros como pela própria natureza.

A provar que uma imagem vale por mil palavras. E que não "vale tudo" por dinheiro.

PNL 3º ano




Este é dos bons!

Nunca tive grandes conhecimentos de literatura infanto-juvenil, nem significativo contacto com crianças, há muito em falta na família. Quando "aterrei" na sala dos garotos, senti-me um pouco perdida, uma vez que pais e educadores vinham pedir-me sugestões de livros sobre os mais variados assuntos. Felizmente, a biblioteca onde trabalho adoptou uma política de indexação da literatura. No entanto, considero que conhecer minimamente a colecção é sempre uma mais valia, até porque nem sempre o trabalho do catalogador é acertado. Decidi então ir lendo, sempre que possível, o que me passava pelas mãos.

Agora que tenho um bebé de 13 meses, que começa já a demonstrar interesse nos livros cartonados, mais vontade tenho de encontrar bons livros que possa ler em voz alta ou, quando for maior, recomendar-lhe.

Porém, ao folhear os livros, apercebi-me do seguinte: ou estava a ser muito esquisita, ou havia uma grande quantidade de lixo a ser escrita.

Passados 2 anos, continuo a achar que há livros sem piada nenhuma. No entanto, tenho encontrado outros tantos aos quais reconheço grande qualidade. E é sobre esses que irei falar aqui, na rubrica "Este é dos bons!".

Segue dentro de pouquíssimo tempo a primeira crítica!


Saturday, November 22, 2014

A lenda de Porto Brandão

Fantoches e cenário elaborados para a peça "A lenda de Porto Brandão":





Destaques em atraso :)

Como não vinha aqui há bastante tempo, cá vão os destaques do mês que ficaram por publicar:

Não me recordo do mês... mas o tema era "bom livro, bom amigo"!


Uma mostra sobre o 25 de Abril!



Mais 25 de Abril!

Thursday, November 28, 2013

A Biblioteca prepara-se para o Natal!

Christmas tree made of toilet paper rolls. Árvore de Natal feita com rolos de papel higiénico.

Christmas tree made of toilet paper rolls. Árvore de Natal feita com rolos de papel higiénico.

Christmas tree made of toilet paper rolls. Árvore de Natal feita com rolos de papel higiénico.

Desk paper christmas trees. Árvores de natal em papel para secretárias.

Desk paper christmas trees. Árvores de natal em papel para secretárias.

Paper christmas wreath. Coroas de Natal em papel.

Paper christmas wreath. Coroas de Natal em papel.

Wednesday, November 6, 2013