Thursday, July 27, 2017

After / Anna Todd

Depois de ver imensas adolescente aos pulinhos com esta saga, não podia deixar de dar uma espreitadela. À primeira vista, parece a típica história do "bad boy" que se cruza no caminho da rapariga virgem e bem comportada, mas no fundo, é sobre como o amor nos pode mudar para melhor, por mais desgraçada ou doentia que tenha sido a nossa vida e, consequentemente, por mais cínicos e sacanas em que nos tenhamos transformado. Acho que tem demasiadas cenas sexuais (o que explicará a parte dos pulinhos)

ALERTA SPOILERS!!!

e não sei se, à beira dos 40, estou capaz de acreditar que uma pessoa possa mesmo mudar assim tanto por amor, transformando uma relação inicialmente abusiva numa relação ao estilo alma gémea, mas pronto, a verdade é que a autora fez-me ler os 5 livros, pelo que merece algum crédito por isso. 3 estrelas e não se fala mais nisso!

Tuesday, July 25, 2017

Eu sou um artista / Marta Altés

Sinopse:

Tudo inspira o protagonista deste livro que diz de si mesmo «Eu sou um artista»! Mas como lidará a sua mãe – e até o gato! – com isso? Surpresas do princípio ao fim num livro que é para artistas de todas as idades.

Opinião:

Um livro muito espirituoso sobre um rapazito cujo ideal de arte choca brutalmente com a opinião da mãe. Excelente para trabalhar temas relacionados com a arte e a criatividade. lustrações 5 estrelas. Adorei

Educar na curiosidade / Catherine L'Ecuyer

Sinopse:

Um livro essencial que se foca numa das mais prementes e disseminadas questões educativas dos dias de hoje: os efeitos da superestimulação (excesso de tecnologia, excesso de actividades extraescolares) no desenvolvimento infantil: a apatia das crianças, a falta de interesse por tudo (desde a escola à própria brincadeira).  

Como motivar crianças que não sabem sequer brincar, estudar, conversar, ouvir – ou esperar.

Por que temos cada vez mais crianças impacientes e agitadas? Crianças que perguntam: «A que brinco agora?» e que dizem, com o quarto repleto de brinquedos: «Não tenho nada para fazer!…»

Catherine L’Ecuyer, investigadora sobre educação, explica neste livro que o exagero dos estímulos externos, sobretudo visuais, mesmo nos métodos de ensino, nas escolas, está a ‘matar’ o instinto de curiosidade dos miúdos, aquilo que os leva a descobrir o mundo.

A criança acomoda-se e deixa de ter a capacidade de se encantar e espantar.

Em alguns casos, a sua dependência da superestimulação fará com que procure sensações cada vez mais fortes, com as quais também se acostumará, o que a levará a uma situação de apatia permanente e de falta de desejo.

Opinião:

Nos tempos que correm, há uma preocupação que bate à porta de quase todos os pais: o acesso precoce dos nossos filhos a computadores, telemóveis e tablets. Seja porque os próprios pais estão muitas vezes viciados nestes aparelhos (passando naturalmente esse vício aos filhos), seja porque a falta de tempo para realizar as tarefas domésticas nos leva a confiar os miúdos a estes aparelhos só para que estejam sossegados e nos deixem fazer o que é preciso, a verdade é que o excesso de tecnologia está a prejudicar o natural desenvolvimento dos mais pequenos.

A autora questiona: porque existem hoje tantas crianças com transtornos psicológicos? Porque está o tempo de concentração e de atenção das crianças cada vez mais curto? Porque dizem os avós que as crianças de hoje são tão diferentes das de antigamente? O livro vem debater esta questão e lançar a única receita que, excepção à regra, se deve aplicar a todos: a redução do tempo de exposição à tecnologia, um dos principais motivos da superestimulação a que os miúdos estão sujeitos, o que, segundo a autora, leva à apatia e à falta de desejo. Catherine L’Ecuyer alerta para a necessidade  de recuperar "o respeito pela essência da infância - pelos seus ritmos, a sua inocência e o seu sentido de mistério".

Sublinha-se que o mais importante é fomentar a brincadeira livre, o contacto com natureza e o saber estar em silêncio. Mas para isso, é preciso tempo, o que me leva, como sempre, a questionar a sociedade. Isto é tudo muito bonito e acertado, mas com o peso excessivo do trabalho na vida de todos nós, torna-se difícil cumprir uma tarefa na verdade tão simples.

Uma curiosidade: os responsáveis pelas empresas tecnológicas multinacionais em Silicon Valley colocarm os filhos em colégios que não utilizam as tecnologias nas salas de aula.  Trabalham no eBay, na Google, na Apple , na Yahoo e na Hewlett-Packard, mas os seus filhos não usam o google, escrevem à moda antiga (com lápis e papel) e têm salas equipadas com... quadros de ardósia! Aqui fica uma passagem do livro sobre este assunto:

O computador impede o pensamento crítico, desumaniza a aprendizagem, a interacção humana e diminui o tempo de atenção dos alunos. Um dos pais, o Sr. Eagle, formado em tecnologia e quadro do departamento de Comunicação Executiva da Google diz "A minha filha, que está no quinto ano, não sabe como usar o Google, e o meu filho, que está no oitavo, está a começar a aprender. A tecnologia tem o seu tempo e o seu lugar. É super fácil. É como aprender a usar a pasta de dentes. No Google e em todos esses sites, fazemos a tecnologia tão fácil que qualquer pessoa a pode usar. Não há razão para que as crianças não possam aprendê-la quando forem mais velhas!".

Saturday, July 22, 2017

Alegria / Marie Kondo

Sinopse:

«A vida realmente só começa depois de pormos a nossa casa em ordem. Foi por isso que devotei a maior parte da minha vida ao estudo da organização. Quero ajudar o maior número possível de pessoas a arrumar de uma vez por todas.Isto não significa, porém, que deva simplesmente livrar-se de tudo e mais alguma coisa. Longe disso. Só quando souber escolher as coisas que inspiram alegria poderá alcançar o seu estilo de vida ideal.(…) Pessoalmente, o que lhe inspira alegria? E o que não o faz? As respostas a estas perguntas constituem uma pista importantíssima para se reconhecer que recebeu a dádiva da vida.» "Alegria!" é um guia prático e ilustrado dos princípios do método KonMari, que ajudou já dezenas de milhões de pessoas em todo o mundo a organizar o espaço em que vivem – e a transformar as suas vidas! Com dicas práticas para arrumar tudo – de roupas a CDs, de materiais de limpeza a brinquedos e objetos de coleção -, bem como indicações sobre os princípios básicos da arrumação e da organização («Uma casa com alegria é como o seu museu pessoal» ou «“Pode dar jeito” é um tabu»), este livro vai ajudá-lo a viver rodeado apenas daquilo que lhe traz realmente… alegria!

Opinião:

Li o livro por indicação de uma amiga e acho que foi obra do universo, uma vez que já estava sentir-me em stress profundo com a desarrumação reinante em minha casa. Não que seja uma acumuladora, pelo contrário, até tenho bastante desapego às coisas em geral. O meu maior problema é mesmo a organização da roupa, dos brinquedos do miúdo, bom, e porque não, dizê-lo? De tudo em geral! :D

O melhor do livro são as ilustrações, que ensinam a dobrar roupa variada, com dicas que já estou a colocar em prática! Além disso, adorei a abordagem que, à partida, parece um pouco lunática, de pegar num objecto e sentir se ele nos proporciona ou não alegria, sendo essa a forma de decisão sobre se devemos ou não mantê-lo.

É óbvio que a autora leva a arrumação a um nível demasiado obsessivo, mas isso não me incomoda, afinal, não será necessário seguir à risca todas as recomendações de forma a obter um resultado bastante satisfatório. No que me toca, vou sobretudo manter-me fiel a duas regras: guardar só o que me traz alegria e arrumar tudo na vertical.

Embora a autora não mencione o impacto ambiental de descartar, acho que uma arrumação mais consciente leva-nos inevitavelmente a reduzir o consumo desenfreado a que nos habituámos nos últimos tempos. Já para não falar no imenso benefício mental de viver num espaço organizado, limpo e com apontamentos que nos enchem o coração.

Recomendo vivamente!