Friday, October 7, 2016

O lar da senhora Peregrine para crianças peculiares / Ransom Riggs

Sinopse: 

Uma ilha misteriosa. Uma casa abandonada. Uma estranha coleção de fotografias peculiares. Uma terrível tragédia familiar leva Jacob, um jovem de dezasseis anos, a uma ilha remota na costa do País de Gales, onde encontra as ruínas do lar para crianças peculiares, criado pela senhora Peregrine. Ao explorar os quartos e corredores abandonados, apercebe-se de que as crianças do lar eram mais do que apenas peculiares; podiam também ser perigosas. É possível que tivessem sido mantidas enclausuradas numa ilha quase deserta por um bom motivo. E, por incrível que pareça, podem ainda estar vivas… 

Um romance arrepiante, ilustrado com fantasmagóricas fotografias vintage, que fará as delícias de adultos, jovens e todos aqueles que apreciam o suspense.

Opinião:

Já andava a namorar este livro há uns meses só pelo aspecto gráfico, que é absolutamente fabuloso. Porém, terminada a leitura, custa-me dar-lhe uma avaliação concreta. Porque, se por um lado, nunca me senti absolutamente mergulhada na história, o que é sempre trágico tratando-se de fantasia, por outro, agradou-me a sua originalidade e o casamento perfeito das fotografias vintage com o enredo. Ou seja, senti que as ideias eram matéria prima da boa, mas que a forma de escrever do autor não esteve à altura. Não me entendam mal: achei o livro engraçado, mas não consigo parar de imaginar o que teria sido nas mãos de um Ruiz Carlos Zafón.

Além disso, houve uma coisa que me fez um pouco de confusão: estava à espera de encontrar crianças na ilha quando na volta já eram adolescentes. Fiquei sempre com essa ideia, e por isso, incomodaram-me os beijos trocados entre o Jacob e a Emma.

Assim sendo, suponho que poderei colocar o livro algures entre as 3 e as 4 estrelas, numa espécie de vórtice 3,5.   :D

Curiosidade:

No site, o autor confessa que adora coleccionar fotografias antigas, ou não fossem elas o ponto de partida desta história! Sim, todas as fotos usadas no livro são verdadeiras, "emprestadas dos arquivos pessoais de dez colecionadores, pessoas que durante incontáveis horas ao longo de anos reviraram montes desordenados de fotografias instantâneas em feiras da ladra, antiquários e vendas de garagem até encontrarem um pequeno número de reproduções invulgares". Podem espreitar algumas (não publicadas) aqui. Eu roubei as minhas favoritas, e agora não consigo deixar de pensar se um dia, daqui a muitos, muitos anos, alguma fotografia minha não poderá inspirar um romance!  :)






Agora é marchar para o cinema e ver o filme, que já se sabe, tudo o que tem o dedo do Tim Burton, só pode ser bom. Até estou à espera de gostar muito mais do filme do que do livro, coisa raríssima. Mas depois direi de minha justiça!

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