Esta mania de apreciar livros juvenis nem sempre traz bons resultados. Há 10 anos atrás, adorei ler o crepúsculo. Porque andava ressacada com o final da Buffy e porque sou daquelas românticas palermas, que se desmancham com qualquer historieta de amor. Foi um livro fácil de ler, daqueles que não conseguimos largar. Lembro-me mesmo de ter deixado passar a paragem de comboio onde deveria sair, tal estava imersa num outro livro da saga. Porém, já na altura, me irritou a Bela, a personagem feminina principal, e sobretudo, o último livro, que quase odiei (porque vampiros a terem filhos é só parvo).
Ora, há dias, cruzei-me com a edição comemorativa dos 10 anos da publicação do Crepúsculo, que inclui a história antiga revista e aquilo a que a autora chama de "brincadeira", que é a mesmo história com a inversão dos sexos das personagens (com a excepção dos pais da Bela).
Já era suficiente estúpido não publicarem a versão nova à parte. Quase apanhei uma tendinite a carregar o "tijolo" de um lado para o outro! E depois, a coisa não resultou. Porque fazer da Bela um rapaz não tornou a personagem menos irritante e sem sal. E porque é completamente irreal que um rapaz deteste carros, tenha a mania das limpezas e cozinhe para a mãe e para o pai, tudo no mesmo pacote! Desculpem lá, mas é coisa que não pega.
Já o Edward, na versão feminina, resultou bem. Talvez porque, na verdade, o Edward seja um rapaz daqueles que não existem, isto é, claramente fabricado na cabeça de uma mulher.
Além disso, o facto de já conhecer a história estava a tornar a leitura uma chatice, pelo que só li metade. E se, para quem já conhecia o enredo, a troca de géneros poderia tornar-se confusa, pior foi quando dei com várias gralhas relativamente ao sexo das personagens, que num momento eram "elas", mas logo a seguir já eram "eles".
Muito fraquinho. Não recomendo, de todo!
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