Tuesday, January 9, 2018

O Cuquedo e um amor que mete medo / Clara Cunha; il. Paulo Galindro

Sinopse:

O Cuquedo e um amor que mete medo é uma nova história da dupla Cara Cunha e Paulo Galindro, autores do enorme sucesso O Cuquedo que prometem continuar a causar furor entre a pequenada e voltam com uma sequela divertidíssima acompanhada de magníficas ilustrações.

Opinião:

Porque até o maior dos malandrecos precisa de companhia, aqui temos o Cuquedo à procura de par. As candidatas sucedem-se, porém, falta-lhes o requisito mais apreciado: quem não sabe assustar, não serve para casar!

Os mais pequenos irão com certeza apreciar a adaptação dos versos à moda da "Carochinha" e a sua repetição, bem como as tentativas pouco assustadoras das pretendentes.


Hora de deitar, Baltasar! / Yasmeen Ismail

Sinopse:

São horas de ir para a cama, mas o Baltasar não se quer ir deitar.

Sempre fugidio e brincalhão, ele esconde-se na copa das árvores, nas poças de lama e na pia da cozinha. O Baltasar até prefere tomar banho, só para não ter de ir dormir! Mas, com toda esta correria, não é que o Baltasar ficou com sono?

A história do irrequieto Baltasar é perfeita para ler às crianças quando chega a hora de deitar.

Opinião:

A história de um adorável cão que tudo faz para fugir à hora de dormir. 

O meu pequeno de 3 anos amou, chegando mesmo a gargalhar em diferentes momentos (ter-se-á certamente identificado, pois é menino para lutar ferozmente contra o sono!). A ilustração é belíssima, tendo já conquistado o Prémio Melhor Livro Ilustrado do New York Times.

Saturday, December 30, 2017

Leituras de 2017

O primeiro trimestre, no qual li absolutamente nada, escangalhou-me o desafio do Goodreads. Esperemos que o próximo ano traga mais leituras! Feliz 2018 para todos!


Saturday, December 2, 2017

Wattpad

Bom, tenho lido tanto livro com origem na ferramenta online wattpad, que não resisti a dar uma espreitadela. E vai não vai, criei um perfil e publiquei os 11 mini contos que escrevi numa fase muito específica da minha vida, na qual me sentia bastante desanimada com a minha vida profissional.

Aqui fica o link, para quem quiser ler:


Tenho para mim que muitas outras histórias vão nascer aqui!

Friday, November 24, 2017

Ready player one = Jogador 1 / Ernest Cline

Sinopse:

Em 2044 o mundo tornou-se um lugar triste, devastado por conflitos, escassez de recursos, fome, pobreza e doenças.

Wade Watts só se sente feliz na realidade virtual conhecida como OASIS, onde pode viver, jogar e apaixonar-se sem constrangimentos.

Quando o criador do OASIS morre, deixa a sua imensa fortuna e o controlo da realidade virtual a quem conseguir resolver os enigmas que aí escondeu. Os utilizadores têm apenas como pistas a cultura pop dos anos 1980.

Começa assim uma frenética e perigosa caça ao tesouro. Nos primeiros anos, milhares de jogadores tentam solucionar o enigma inicial sem sucesso. Até que Wade por acaso desvenda a primeira chave.

De um momento para o outro, vê-se numa corrida desesperada para vencer o prémio, uma corrida que rapidamente continua no mundo real e que põe em risco a sua vida.

Opinião:

Embora o futuro distópico esteja bem construído, acho que faltou magia na forma de escrever, pois nunca senti grande emoção à medida que a acção decorria (daí as 3 estrelas em vez das 4 que poderia ter dado). Tendo nascido em 1980, não apanhei todas as referências à década, mas ainda assim, as reconhecidas fizeram-me regressar ao passado e deram-me vontade de rever alguns clássicos. Penso que dará uma belíssima adaptação ao cinema, sobretudo pelas mãos mágicas do Spielberg (todo o enredo é a cara dele)! Aguardo com ansiedade!

Guarda-me para sempre / Brigid Kemmerer

Sinopse:

Juliet ainda não conseguiu aceitar a morte da mãe. Quatro meses depois, continua a escrever-lhe cartas, deixando-as junto à campa, numa tentativa desesperada de manter a mãe viva e bem perto de si.

Declan é o tipo de rapaz que todos temem. Depois de se meter novamente em sarilhos, é obrigado a prestar serviço comunitário no cemitério local. Além da sua má reputação, ele enfrenta também os demónios do passado. Quando Declan lê uma das cartas que Juliet deixou no cemitério, decide também ele escrever-lhe. Nasce assim uma relação magnética e inexplicável. As palavras que trocam por carta, dia após dia, são libertadoras e reconfortantes, e o amor vai nascendo nas entrelinhas do acaso.

Até ao dia em que a vida real ameaça quebrar todo o encanto. Juliet e Declan estão prestes a descobrir coincidências terríveis que os mudarão para sempre.

Opinião:

Adorei verdadeiramente, mas passei alguma vergonha nos transportes públicos, sendo que lacrimejei página sim, página não! A sério, é um livro super emotivo, um romance delicioso que dá também vontade de chorar apenas porque chegou ao fim. Vou já procurar outros livros desta escritora!

P.S.: Só odiei a capa e a tradução do título. A sério, rosa e azul bebé não combinam minimamente com a história, se não tivesse lido a sinopse, jamais pegaria nele!

O diagrama de Zenn / Wendy Brant

Sinopse:

Eva é uma supergeek da matemática e há uma razão para ela preferir os números e as calculadoras ao convívio normal entre jovens. Poucos o sabem, mas basta que Eva toque com as mãos em alguém - ou nas suas coisas - para ter visões que lhe mostram as inseguranças, receios e segredos dessa pessoa. Por isso, ela prefere manter as mãos bem guardadas e ficar na sombra. E tudo parece correr bem!

Quer dizer, tem 17 anos, nunca teve namorado e tem apenas uma amiga, mas não é uma completa aberração! Até que chega o dia em que o charmoso e solitário Zenn Bennett entra na sua vida! É amor ao primeiro toque! No entanto, quando ela mergulha no mundo de Zenn, descobre que afinal as coincidências que os unem são demasiado duras... e poderão separá-los para sempre.

Opinião:

Achei este romance uma fofura! Primeiro: é impossível não sentir uma ternura enorme pelas duas personagens principais. Segundo: a história tem um twist que, pelo menos para mim, foi inesperado. Só achei que, nos primeiros capítulos, a autora mastigou em demasia os fractais da Eva. Felizmente, ultrapassada essa fase, nunca mais senti uma ponta de aborrecimento. Gostei bastante!

Lady Midnight / Cassandra Clare

Sinopse:

Paixão, determinação e criaturas diabólicas, nesta nova e tão aguardada trilogia de Cassandra Clare. 

Os Caçadores de Sombras de Los Angeles voltam com novas aventuras.

Passaram cinco anos desde que o mundo dos Caçadores de Sombras esteve à beira da extinção. Emma Carstairs já não é uma criança de luto, mas uma jovem guerreira determinada a descobrir quem matou os seus pais e a vingar a sua perda.

Opinião:

Não achei nada de especial, talvez por só agora ter chegado ao mundo dos caçadores de sombras. De qualquer forma, também confesso que a escrita da autora não me agradou por aí além...











... e que raio de ideia foi aquela do Julian entalar o Anselm Nightshade? Pareceu-me cruel, estúpido e despropositado. Já para não falar na proposta que a Emma faz ao Mark no final do livro, tipo, a sério? Bah... Ainda assim, tendo sentido a angustia de duas pessoas que se amam sem poderem revelar esse mesmo amor, acho que vale as 3 estrelas.

Wednesday, September 27, 2017

Percy Jackson / Rick Riordan

Tempo é coisa que me falta, daí que não ande a fazer o habitual comentário a cada leitura, e muito menos a respectiva ficha bibliográfica. É tarefa para voltar a fazer, mas não nos próximos tempos.

Terminei agora a saga Percy Jackson e gostei bastante. Os dois primeiros livros pareceram-me mais fraquinhos, mas a partir do terceiro, o enredo torna-se mais interessante e menos previsível. Há sempre muita acção e confesso que tive um gosto enorme em mergulhar na mitologia grega.


Fiquei bastante satisfeita com o final, apenas achei um pouco fraquita a cena em que o Percy e a Annabeth se declaram. E irritou-me que a editora de repente tenha deixado de traduzir o nome da espada do Luke.

Por agora, faço uma pausa neste mundo, sendo certo que não tardarei a pegar na saga "Os heróis do Olimpo", que é a continuação da série.

Até já, Percy Jackson!

Friday, August 4, 2017

Percy Jackson e os ladrões do Olimpo / Rick Riordan

Sinopse:

Percy Jackson está prestes a ser expulso do colégio interno... novamente. E esse é o menor dos seus problemas. Ultimamente, criaturas fantásticas e os deuses do Olimpo parecem estar a sair das páginas do seu livro de mitologia para entrarem na sua vida. E o pior de tudo é que ele parece ter enfurecido alguns deles. O raio-mestre de Zeus foi roubado e Percy é o principal suspeito. 
Agora, Percy e os seus amigos têm apenas dez dias para encontrar e devolver o símbolo do poder de Zeus e restabelecer a paz no Olimpo. Para o conseguir, terá de fazer bem mais do que descobrir o ladrão: encarar o pai que o abandonou, resolver o enigma do Oráculo e desvendar uma traição mais ameaçadora e poderosa do que os próprios deuses. 

Opinião:

Teria achado um pitéu se tivesse agora 9 anos, porém, chateou-me um bocado que algumas passagens deixassem adivinhar o que estava para vir. Ainda assim, agradou-me no geral. 3 estrelas e siga o próximo!


Thursday, July 27, 2017

After / Anna Todd

Depois de ver imensas adolescente aos pulinhos com esta saga, não podia deixar de dar uma espreitadela. À primeira vista, parece a típica história do "bad boy" que se cruza no caminho da rapariga virgem e bem comportada, mas no fundo, é sobre como o amor nos pode mudar para melhor, por mais desgraçada ou doentia que tenha sido a nossa vida e, consequentemente, por mais cínicos e sacanas em que nos tenhamos transformado. Acho que tem demasiadas cenas sexuais (o que explicará a parte dos pulinhos)

ALERTA SPOILERS!!!

e não sei se, à beira dos 40, estou capaz de acreditar que uma pessoa possa mesmo mudar assim tanto por amor, transformando uma relação inicialmente abusiva numa relação ao estilo alma gémea, mas pronto, a verdade é que a autora fez-me ler os 5 livros, pelo que merece algum crédito por isso. 3 estrelas e não se fala mais nisso!

Tuesday, July 25, 2017

Eu sou um artista / Marta Altés

Sinopse:

Tudo inspira o protagonista deste livro que diz de si mesmo «Eu sou um artista»! Mas como lidará a sua mãe – e até o gato! – com isso? Surpresas do princípio ao fim num livro que é para artistas de todas as idades.

Opinião:

Um livro muito espirituoso sobre um rapazito cujo ideal de arte choca brutalmente com a opinião da mãe. Excelente para trabalhar temas relacionados com a arte e a criatividade. lustrações 5 estrelas. Adorei

Educar na curiosidade / Catherine L'Ecuyer

Sinopse:

Um livro essencial que se foca numa das mais prementes e disseminadas questões educativas dos dias de hoje: os efeitos da superestimulação (excesso de tecnologia, excesso de actividades extraescolares) no desenvolvimento infantil: a apatia das crianças, a falta de interesse por tudo (desde a escola à própria brincadeira).  

Como motivar crianças que não sabem sequer brincar, estudar, conversar, ouvir – ou esperar.

Por que temos cada vez mais crianças impacientes e agitadas? Crianças que perguntam: «A que brinco agora?» e que dizem, com o quarto repleto de brinquedos: «Não tenho nada para fazer!…»

Catherine L’Ecuyer, investigadora sobre educação, explica neste livro que o exagero dos estímulos externos, sobretudo visuais, mesmo nos métodos de ensino, nas escolas, está a ‘matar’ o instinto de curiosidade dos miúdos, aquilo que os leva a descobrir o mundo.

A criança acomoda-se e deixa de ter a capacidade de se encantar e espantar.

Em alguns casos, a sua dependência da superestimulação fará com que procure sensações cada vez mais fortes, com as quais também se acostumará, o que a levará a uma situação de apatia permanente e de falta de desejo.

Opinião:

Nos tempos que correm, há uma preocupação que bate à porta de quase todos os pais: o acesso precoce dos nossos filhos a computadores, telemóveis e tablets. Seja porque os próprios pais estão muitas vezes viciados nestes aparelhos (passando naturalmente esse vício aos filhos), seja porque a falta de tempo para realizar as tarefas domésticas nos leva a confiar os miúdos a estes aparelhos só para que estejam sossegados e nos deixem fazer o que é preciso, a verdade é que o excesso de tecnologia está a prejudicar o natural desenvolvimento dos mais pequenos.

A autora questiona: porque existem hoje tantas crianças com transtornos psicológicos? Porque está o tempo de concentração e de atenção das crianças cada vez mais curto? Porque dizem os avós que as crianças de hoje são tão diferentes das de antigamente? O livro vem debater esta questão e lançar a única receita que, excepção à regra, se deve aplicar a todos: a redução do tempo de exposição à tecnologia, um dos principais motivos da superestimulação a que os miúdos estão sujeitos, o que, segundo a autora, leva à apatia e à falta de desejo. Catherine L’Ecuyer alerta para a necessidade  de recuperar "o respeito pela essência da infância - pelos seus ritmos, a sua inocência e o seu sentido de mistério".

Sublinha-se que o mais importante é fomentar a brincadeira livre, o contacto com natureza e o saber estar em silêncio. Mas para isso, é preciso tempo, o que me leva, como sempre, a questionar a sociedade. Isto é tudo muito bonito e acertado, mas com o peso excessivo do trabalho na vida de todos nós, torna-se difícil cumprir uma tarefa na verdade tão simples.

Uma curiosidade: os responsáveis pelas empresas tecnológicas multinacionais em Silicon Valley colocarm os filhos em colégios que não utilizam as tecnologias nas salas de aula.  Trabalham no eBay, na Google, na Apple , na Yahoo e na Hewlett-Packard, mas os seus filhos não usam o google, escrevem à moda antiga (com lápis e papel) e têm salas equipadas com... quadros de ardósia! Aqui fica uma passagem do livro sobre este assunto:

O computador impede o pensamento crítico, desumaniza a aprendizagem, a interacção humana e diminui o tempo de atenção dos alunos. Um dos pais, o Sr. Eagle, formado em tecnologia e quadro do departamento de Comunicação Executiva da Google diz "A minha filha, que está no quinto ano, não sabe como usar o Google, e o meu filho, que está no oitavo, está a começar a aprender. A tecnologia tem o seu tempo e o seu lugar. É super fácil. É como aprender a usar a pasta de dentes. No Google e em todos esses sites, fazemos a tecnologia tão fácil que qualquer pessoa a pode usar. Não há razão para que as crianças não possam aprendê-la quando forem mais velhas!".

Saturday, July 22, 2017

Alegria / Marie Kondo

Sinopse:

«A vida realmente só começa depois de pormos a nossa casa em ordem. Foi por isso que devotei a maior parte da minha vida ao estudo da organização. Quero ajudar o maior número possível de pessoas a arrumar de uma vez por todas.Isto não significa, porém, que deva simplesmente livrar-se de tudo e mais alguma coisa. Longe disso. Só quando souber escolher as coisas que inspiram alegria poderá alcançar o seu estilo de vida ideal.(…) Pessoalmente, o que lhe inspira alegria? E o que não o faz? As respostas a estas perguntas constituem uma pista importantíssima para se reconhecer que recebeu a dádiva da vida.» "Alegria!" é um guia prático e ilustrado dos princípios do método KonMari, que ajudou já dezenas de milhões de pessoas em todo o mundo a organizar o espaço em que vivem – e a transformar as suas vidas! Com dicas práticas para arrumar tudo – de roupas a CDs, de materiais de limpeza a brinquedos e objetos de coleção -, bem como indicações sobre os princípios básicos da arrumação e da organização («Uma casa com alegria é como o seu museu pessoal» ou «“Pode dar jeito” é um tabu»), este livro vai ajudá-lo a viver rodeado apenas daquilo que lhe traz realmente… alegria!

Opinião:

Li o livro por indicação de uma amiga e acho que foi obra do universo, uma vez que já estava sentir-me em stress profundo com a desarrumação reinante em minha casa. Não que seja uma acumuladora, pelo contrário, até tenho bastante desapego às coisas em geral. O meu maior problema é mesmo a organização da roupa, dos brinquedos do miúdo, bom, e porque não, dizê-lo? De tudo em geral! :D

O melhor do livro são as ilustrações, que ensinam a dobrar roupa variada, com dicas que já estou a colocar em prática! Além disso, adorei a abordagem que, à partida, parece um pouco lunática, de pegar num objecto e sentir se ele nos proporciona ou não alegria, sendo essa a forma de decisão sobre se devemos ou não mantê-lo.

É óbvio que a autora leva a arrumação a um nível demasiado obsessivo, mas isso não me incomoda, afinal, não será necessário seguir à risca todas as recomendações de forma a obter um resultado bastante satisfatório. No que me toca, vou sobretudo manter-me fiel a duas regras: guardar só o que me traz alegria e arrumar tudo na vertical.

Embora a autora não mencione o impacto ambiental de descartar, acho que uma arrumação mais consciente leva-nos inevitavelmente a reduzir o consumo desenfreado a que nos habituámos nos últimos tempos. Já para não falar no imenso benefício mental de viver num espaço organizado, limpo e com apontamentos que nos enchem o coração.

Recomendo vivamente!